Com pelo menos 60% de cloro em sua composição química o CPVC BlazeMaster® não derrete ou goteja quando o material é exposto ao fogo. Os átomos de cloro funcionam como retardantes de chama. Em outras palavras, no momento em que o termoplástico entra em contato com o fogo, o início da queima é retardado.
Essa característica retarda também o processo de carbonização, tendo em vista que este processo remove os átomos de hidrogênio e oxigênio da estrutura molecular do material plástico. Essa combinação de características tornam o composto de CPVC um material de grande valia para ser utilizado como o material de tubulação para um sistema contra incêndio.
Durante a produção da resina de CPVC BlazeMaster®, são utilizados diferentes aditivos que melhoram as propriedades do composto em diversos aspectos, como a estabilidade dimensional proporcionada pelos átomos de cloro presentes na estrutura molecular do CPVC.
Aditivos usados na fabricação de CPVC
Os aditivos que são adicionados ao CPVC durante a sua fabricação têm as seguintes finalidades:
- Aumento da resistência do material.
- Melhorar o desempenho de compostos, resultando, por exemplo, em superfícies internas mais lisas que auxiliam na vazão de líquidos.
- Melhorar as características de condutividade térmica.
- Melhorar a resistência a agentes corrosivos e agentes com efeito cáustico (capazes de degradar metais e matéria orgânica).
- Melhorar a tolerância ao efeito dos raios UV.
- Aplicação de cores.
CPVC BlazeMaster®, o composto ideal para tubulações de sistemas de combate a incêndio
Índice de limite de oxigênio
A combustibilidade do composto CPVC BlazeMaster® é limitada. O material tem um Índice Limite de Oxigênio (em uma escala de 0 – 100) de 60, ou seja, pode ser considerado auto extinguível.
Considerando que a proporção de oxigênio na atmosfera terrestre é de aproximadamente 21%, a possibilidade de combustão do material é muito baixa.
Índice de limite de oxigênio de diferentes polímeros (%)
Elevada temperatura de autoignição
A temperatura de ignição de um material é um bom indicador de sua resistência ao fogo. Esta é a temperatura na qual um material se torna quente o suficiente para se decompor e liberar substâncias voláteis.
No caso do CPVC BlazeMaster®, a temperatura de ignição é significativamente superior à de outros materiais de natureza plástica, com 482°C contra 399°C do PVC ou 343°C do polietileno. Como consequência, é necessária uma exposição muito mais prolongada ao calor para causar a ignição do CPVC.
Temperatura de autoignição de diferentes materiais
Sem chance de rachaduras quando exposto ao fogo direto
Como mencionamos, o comportamento do CPVC é diferente de outros materiais de natureza plástica quando expostos diretamente ao fogo. Em outros polímeros, as trincas são uma das principais ameaças quando expostos a chamas e altas temperaturas.
No caso do CPVC, durante o processo de pirólise (decomposição térmica dos materiais) a degradação do material é lenta graças à estrutura molecular irregular proporcionada pela presença de átomos de cloro. O principal subproduto resultante é uma camada carbonizada na parte externa do tubo, ao invés da liberação de fumaça ou gotejamento (como ocorre com outros plásticos).
A razão? A decomposição do hidrogênio na estrutura molecular do material causa uma rápida reticulação dos elementos dentro do polímero.
Decomposição do CPVC devido ao efeito da combustão
A barreira que a camada cria após a carbonização do material não se desprende da estrutura principal do CPVC, mantendo assim a funcionalidade do material, garantindo, no caso de tubulações para sistemas de proteção contra incêndios, o fluxo de água necessário para conter as chamas quando os sprinklers forem acionados.
Embora o CPVC esteja exposto ao fogo e ocorra a combustão, o material é protegido sem produzir gotículas flamejantes e se auto extingue quando o fogo não está mais presente, graças à sua alta temperatura de ignição.
Redução da produção de fumaça e gases tóxicos
Uma preocupação comum quando se refere aos plásticos e sua reação ao efeito do fogo diz respeito à toxicidade dos subprodutos originados durante a reação, geralmente na forma de fumaça e gases.
No caso específico do CPVC, a propagação de fumaça e gases tóxicos é baixa graças à estrutura molecular do composto. Embora sejam liberados subprodutos, isso não ocorre da mesma forma que com outros plásticos, pois a quantidade de gases é menor devido às reticulações geradas durante a carbonização do material. Graças a adição dos átomos de cloro na estrutura, o processo de desidrocloração é retardado, tornando a reação mais lenta.
Aplicações CPVC BlazeMaster® em produtos resistentes ao fogo
- Tubulações para sistemas de sprinklers contra incêndios.
- Artigos para construção e revestimentos.
- Produtos para uso em sistemas elétricos.
- Componentes industriais.
- Cabos.
- Vinil flexível (plastificado).
- adesivos.
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Além de ser resistente ao fogo e útil para sistemas de tubulação em sistemas contra incêndios, o CPVC também é resistente à corrosão e pode ser usado em outras aplicações, como na condução de água quente (com produtos com a marca FlowGuard®), ou até mesmo em aplicações industriais para condução de fluídos corrosivos, soba a marca Corzan® .
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