O cimento solvente é o método de junção recomendado para sistemas que utilizam o CPVC BlazeMaster®. Essas soluções utilizam uma combinação de solventes e resina para fundir as cadeias poliméricas de dois segmentos de CPVC.
Quando os solventes e a resina são usados para reagir e fundir as moléculas de qualquer material termoplástico, a junta recém-formada precisa de tempo para secar e endurecer. Este processo é conhecido como cura. Se o sistema não tiver tempo para curar completamente, as conexões ficarão frágeis e poderão causar problemas dentro do sistema, como pequenos vazamentos e, em casos extremos, desprendimento total do tubo e da conexão.
O que acontece durante a soldagem do cimento solvente?
O cimento solvente é constituído por solventes e resinas. A proporção de solvente para resina varia e determina a viscosidade da solução. Tubos de grandes diâmetros, como os utilizados em aplicações industriais, por exemplo, demandam cimentos de maior viscosidade (também conhecidos como Heavy Duty), que contêm mais resina e menos solvente quando comparados com as soluções convencionais.
Quando aplicados nas duas superfícies a serem unidas, os solventes amolecem e dissolvem a
camada externa do CPVC, desprendendo levemente sua estrutura molecular. À medida que as duas peças que contém o cimento solvente (tubos e conexões, por exemplo) são pressionadas juntas, a resina é conduzida para os espaços existentes dentro dessa união, preenchendo qualquer vazio entre as duas peças. Este processo é auxiliado pelo uso de uma conexão com ajuste de interferência, que são conexões com soquetes cônicos.
As moléculas recém-formadas de CPVC se endurecem à medida que o solvente desaparece ou evapora. Quando todo o solvente desapareceu a junta é considerada completamente curada, resultando em uma peça uniforme de CPVC. A junta então assume a maioria das características e resistência dos materiais originais.
Variáveis que afetam o tempo de cura
O tempo necessário para curar completamente pode durar alguns minutos ou alguns dias, e depende em grande parte de três fatores.
Nota: BlazeMaster® sempre recomenda verificar o rótulo do fabricante do adesivo para os tempos de cura recomendados.
Tamanho dos tubos
O diâmetro e o tamanho do tubo determinarão a quantidade de cimento solvente necessário para soldar adequadamente uma junta. Consequentemente, os tempos de cura para essas uniões são maiores.
Além disso, bitolas acima de 2.1/2" (duas polegadas e meia - DN 73) devem obrigatóriamente utilizar sargento, morsa, cintas ou qualquer equipamento que auxilie a fixação da tubulação por um período mínimo de 1 hora.
Temperatura ambiente
A temperatura ambiente tem bastante influência nos tempos de cura do cimento solvente. À medida que as temperaturas do ambiente diminuem, os tempos de cura geralmente aumentam. Por isso, é muito importante levar em consideração o local e a época do ano em que o sistema de sprinklers será instalado.
Umidade
A umidade também desempenha um papel nos tempos de cura, pois as moléculas de solvente em evaporação precisam de espaço no ar para migrar. Quanto mais úmido o ambiente, mais densamente povoado o ar é com vapor de água, deixando menos espaço para os solventes. Alternativamente, ambientes secos permitem tempos de cura mais rápidos porque o ar possui uma maior capacidade de aceitação do solvente. O grau em que a umidade afeta os tempos de cura é difícil de medir, mas é recomendado adicionar 50% aos tempos de cura recomendados em situações de climas muito úmidos.
Sucesso da soldagem do cimento solvente
Quando uma junta é completamente curada, praticamente todo o solvente deixou a junção, e ela assume as características de desempenho do CPVC. No entanto, a partir de uma perspectiva de melhores práticas, há alguns outros pontos que podem garantir o sucesso da instalação.
A conexão de CPVC é ligeiramente afunilada na extremidade, o que pode fazer com que o tubo a empurre inicialmente. Uma vez que a junta estiver configurada, ela se manterá sem assistência. Para pequenas tubulações e dutos, segurar a junta com as mãos por alguns segundos é suficiente. Tubulações de grandes diâmetros podem requerer suporte ao longo do tubo para manter mecanicamente dois segmentos de CPVC juntos.
Tal conexão deve estar limpa e seca no momento do encaixe, e o tubo deve oferecer alguma resistência no momento do encaixe seco (momento em que se testa o encaixe entre o tubo e a conexão antes da aplicação do adesivo).
O tubo, por sua vez, deve ter sido cortado em um ângulo de 90°, chanfrado com as ferramentas adequadas e indicadas para isso, um chanfro entre 10-15º é suficiente para melhor instalação, e limpo com um pano seco para eliminar as rebarbas.
Uma vez completamente curado e com o solvente completamente evaporado, a junção se torna uma peça contínua de CPVC. O sistema agora pode ser utilizado na pressão máxima, uma vez que as juntas se encontram ou excedem a pressão nominal de todo o sistema. Recomendamos conversar com a nossa equipe de produtos e engenharia sobre o seu sistema e ambiente antes da instalação para garantir o ajuste adequado, testes de pressão e tempos de cura.
É importante considerar todos os fatores mencionados ao planejar a instalação de um sistema de CPVC BlazeMaster®. Consultar as recomendações do fabricante e falar com a equipe de produtos e engenharia pode evitar problemas e garantir que o sistema opere com eficiência e segurança. A adesão às melhores práticas na aplicação do cimento solvente e nos testes de pressão contribui para a longevidade e confiabilidade do sistema de tubulação de CPVC BlazeMaster®.
A escolha do parceiro correto
Através da sua rede de fabricantes parceiros, o CPVC BlazeMaster® é amplamente disponibilizado em todo o mercado brasileiro. No Brasil, a AMANCO WAVIN possui exclusividade de produção, e mantém o padrão de excelência que os clientes esperam dos pioneiros na tecnologia CPVC.
Todos os fabricantes parceiros ao redor do mundo são selecionados com base em seu histórico comprovado de confiabilidade. Para garantir a qualidade dos tubos e conexões BlazeMaster®, cada um deles é contratualmente exigido para participar do nosso programa de garantia de qualidade. O programa assegura a produção consistente da qualidade não obstante quando, onde e por quem o CPVC é fabricado.
Essa escolha cuidadosa é importante para que o produto final tenha o desempenho testado e comprovado por normas internacionais.